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Mostrando postagens de 2008

Lições da crise

Neste ano o mundo pôde assistir de camarote algumas das empresas de maior sucesso irem por água a baixo e, pior ainda, humilharem-se, ridicularizarem-se pedindo milhões ou bilhões de ajuda aos seus governos. Veja o caso das 3 grandes do mundo automobilístico: durante décadas se apropriaram de construtores menores para minimizar a concorrência e monopolizar o mercado - e com a concessão do governo! Durante décadas fabricando carros de plástico e a cada ano fazendo mínimas modificações em seus modelos para se aproveitar do povo que vive de estatus e ignorância. Uma grande estratégia desenvolvida em cima do consumismo: a obsolescência compulsória. Mas foram incapazes de criar um plano B.

Por outro lado tivemos um dos maiores exemplos de sucesso: a Porsche tentando adquirir participação majoritária na Volkswagen. Coisa linda, uma empresa que tem um nicho muito restrito - carros esportivos de luxo - tomando posse de uma empresa gigantesca como a Volks.

E a Ferrari? Ameaçou sair da Fórmula 1 se não puderem gastar mais dinheiro que os outros no desenvolvimento dos seus motores.

A Audi investiu milhões no desenvolvimento do seu motor turbo diesel, colocou pra correr em Le Mans e faturou todas. Correndo com DIESEL!

Porsche, Ferrari e Audi são 3 exemplos de maior sucesso estratégico. São empresas que investem em criação e desenvolvimento de tecnologias novas, e ainda assim, no meio dessa crise global, têm lucro.
E as 3 "grandes", GM, FORD e Chrysler, o que fizeram esse tempo todo? Nada, sempre a mesma merda. Sempre mais do mesmo...


Química

O barril de petróleo chegou a custar quase U$ 150.00 no início de agosto e nosso litro de gasolina chegou a R$ 2,59. Desde então o preço do barril só despencou e hoje custa 3 vezes menos, por volta dos U$ 48.00. O engraçado é que continuo pagando os mesmo R$ 2,59 por litro no posto de gasolina, o que me faz questionar do que realmente é feita mesmo a gasolina....

Quando as coisas são bem projetadas...

O Omega foi um sedã familiar produzido na Europa entre 1986 e 2003 que substitui o Opel Rekord. Coincidência ou não, o Opel Rekord foi trazido para o Brasil em 68 batizado como Chevrolet Opala e foi substituído pelo Omega em 1993. Na inglaterra era conhecido como Vauxhall Carlton, no resto da Europa como Opel Omega. O omega chegou aqui com o mesmo motor 3.0 que equipava o modelo europeu. No entanto, em 1993 a Opel deixou de fabricar esse motor e a Chevrolet teve que achar uma solução pra nossa versão tupiniquim. Nada mais sensato do que aproveitar o velho e conhecido 4.1 que equipou o Opala durante 23 anos porém rejuvenecido com injeção eletrônica multiponto.

Feitas as apresentações, vamos ao que interessa.

Entre 1990 e 1992 a Chevrolet trabalhou em parceria com a Lotus para desenvolver uma versão esportiva. O resultado desse romance foi uma belezinha chamada Lotus Carlton. As modificações consistiram em um aumento de cilindrada de 3.0 pra 3.6 através do aumento do curso do virabrequim mais a adoção de dois turbos Garret T25, que fez o motor atingir 377 hp. Essa potência era despejada no asfalto através do câmbio ZF de 6 marchas do Corvette ZR-1 e fazia o Omega atingir 100 km/h em 4.9 segundos e velocidade máxima de 313 km/h, bem mais rápido que seus concorrentes da época como o BMW M5 e Mercedes E500.

O que vocês vão ver no vídeo abaixo é um teste entre o Lotus Carlton e o seu substituto, o Vauxhall VXR8, um sedã com motor V8 de 6.0 litros e 411 hp - o mesmo que equipa o Corvette. O VXR8 faz de 0-100 km/h em 5 segundos e tem velocidade máxima de 270 km/h.

O motivo do título desse post vocês vão ver no final do vídeo.



Tempo da volta na pista:
VXR8 - 1.29.7s
Omega - 1,31.2s

Uma diferença de 1.5 segundos entre 2 projetos distantes quase 20 anos.