Pular para o conteúdo principal

Quando as coisas são bem projetadas...

O Omega foi um sedã familiar produzido na Europa entre 1986 e 2003 que substitui o Opel Rekord. Coincidência ou não, o Opel Rekord foi trazido para o Brasil em 68 batizado como Chevrolet Opala e foi substituído pelo Omega em 1993. Na inglaterra era conhecido como Vauxhall Carlton, no resto da Europa como Opel Omega. O omega chegou aqui com o mesmo motor 3.0 que equipava o modelo europeu. No entanto, em 1993 a Opel deixou de fabricar esse motor e a Chevrolet teve que achar uma solução pra nossa versão tupiniquim. Nada mais sensato do que aproveitar o velho e conhecido 4.1 que equipou o Opala durante 23 anos porém rejuvenecido com injeção eletrônica multiponto.

Feitas as apresentações, vamos ao que interessa.

Entre 1990 e 1992 a Chevrolet trabalhou em parceria com a Lotus para desenvolver uma versão esportiva. O resultado desse romance foi uma belezinha chamada Lotus Carlton. As modificações consistiram em um aumento de cilindrada de 3.0 pra 3.6 através do aumento do curso do virabrequim mais a adoção de dois turbos Garret T25, que fez o motor atingir 377 hp. Essa potência era despejada no asfalto através do câmbio ZF de 6 marchas do Corvette ZR-1 e fazia o Omega atingir 100 km/h em 4.9 segundos e velocidade máxima de 313 km/h, bem mais rápido que seus concorrentes da época como o BMW M5 e Mercedes E500.

O que vocês vão ver no vídeo abaixo é um teste entre o Lotus Carlton e o seu substituto, o Vauxhall VXR8, um sedã com motor V8 de 6.0 litros e 411 hp - o mesmo que equipa o Corvette. O VXR8 faz de 0-100 km/h em 5 segundos e tem velocidade máxima de 270 km/h.

O motivo do título desse post vocês vão ver no final do vídeo.



Tempo da volta na pista:
VXR8 - 1.29.7s
Omega - 1,31.2s

Uma diferença de 1.5 segundos entre 2 projetos distantes quase 20 anos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Não entendo - por Clarice Lispector

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Algum dia...

Algum dia criarei um grupo que vagará pela noite com máscaras e roupas pretas. Vamos usar o opalão preto como Batmobile. Cada membro escolherá sua arma preferida. Eu já escolhi um fio dental, pra ter graça. Da marca Sorriso, pra ser irônico. Iremos atrás das pessoas que mais detestamos. Os primeiros da lista são professores da informática da PUCRS. Os segundos serão uns caras que falam com jeito estranho aqui na empresa. Os terceiros da lista serão os vizinhos. Mas só os vizinhos. As vizinhas são legais...