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Tão soberbas à noite
Seduzem com o olhar
Atraem todas as atenções
E disfarçam com indiferença
Como deusas entre os mortais

Tadinhas, tão descartáveis
Nem meu opala tem tanta massa
Se chover viram uma meleca só
E não restaria nada
Só o eco do túnti túnti
No vazio de seus poronguinhos

Dá peninha de ouví-las quando abrem as boquinhas
Aturá-las é um sacrifício quase sobre-humano
Que pelo belo par de pernas
Acabamos por fazer

Homem é tudo babaca mesmo.

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Não entendo - por Clarice Lispector

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

Algum dia...

Algum dia criarei um grupo que vagará pela noite com máscaras e roupas pretas. Vamos usar o opalão preto como Batmobile. Cada membro escolherá sua arma preferida. Eu já escolhi um fio dental, pra ter graça. Da marca Sorriso, pra ser irônico. Iremos atrás das pessoas que mais detestamos. Os primeiros da lista são professores da informática da PUCRS. Os segundos serão uns caras que falam com jeito estranho aqui na empresa. Os terceiros da lista serão os vizinhos. Mas só os vizinhos. As vizinhas são legais...